Colher da tristeza o pão Beber do tropeço o vinho Iluminar a paixão Com as velas que há no caminho A vida não é canção Que a gente entoe sozinho Quem cai não passa do chão Na terra que é nosso ninho Quem cai Na terra que é nosso ninho Lanhado pelo punhal De pesadelos medonhos Banhado de Sol e sal E luas cheias de sonhos Na minha luta final Não pesam perdas e ganhos Valeu o prazer mortal A dor que não tem tamanho Valeu A dor que não tem tamanho Terra de Sol, terra de azuis De céus, borboletas, uis De espinhéis, de ais De anzóis, faróis, solidões Terra de mais, terra de alguns De nós, vaga-lumes sós De bordéis, de cães De ladrões sem mãe Corações sem cais Multidões Solidões Solidões Solidões