É divino, mas não que exista Deus É sublime, mas não porque haja céu É profundo, mas não brota do chão É passo sem direção Amor que sobra É morada, mas não que fique aqui É bandeira, mas não que finque o pé É profano, mas não que fira em vão É vento sem arranhão Fulgor que dobra o tempo e parte Estranho a desbravar voraz Licor no meu café Indiferente mas fatal Duvida até da fé É o que não há É um espelho no olho a contemplar É destreza, mas com bárbaras mãos É poeta, mas sem palavrear Devoto sem omissão Em duas rotas