Era só um guerreiro, valente, sem medo Mas no campo de guerra, fez o pacto com o erro Chamou por Ares, Deus da destruição Em troca de poder, perdeu o coração Ganhou as lâminas, o sangue, a força bruta Mas não sabia o preço que a alma escuta Controlado pela fúria, como fera sem guia Fez o impensável... Tirou a vida da família Sua esposa e filha, amor que sustentava Viraram cinzas na vila que ele mesmo queimava Ares riu alto, disse: Agora és meu Kratos caiu de joelhos, amaldiçoado por Zeus As correntes não tão só nos braços, tão na mente A dor de Kratos é silêncio gritante, permanente Fantasma de Esparta, lenda ou maldição? Caminha com os mortos, em eterna expiação Ele grita por paz, mas só encontra guerra Carrega o peso dos erros na própria terra Seu passado o persegue, noite após noite E a vingança virou seu único açoite Subiu no Olimpo pra fazer justiça Mas cada Deus que caía, só abria outra pista De que a dor não se cura com espada ou poder Que até um Deus pode aprender a sofrer Matou o próprio pai, o trovão caiu no chão Mas isso não preencheu o buraco do coração Feito de lembranças, ódio e corrente Kratos chora por dentro, mesmo sendo valente O berro da filha ecoa no pesadelo eterno E ele grita no abismo do próprio inferno Mas mesmo quebrado, segue em pé Porque até na escuridão, ainda tem fé As correntes não tão só no braços, tão na mente A dor de Kratos é silêncio gritante, permanente Fantasma de Esparta, lenda ou maldição? Caminha com os mortos, em eterna expiação Ele grita por paz, mas só encontra guerra Carrega o peso dos erros na própria terra Seu passado o persegue, noite após noite E a vingança virou seu único açoite Hoje é pai de novo, tenta recomeçar Mas sabe que o passado não vai apagar Atreus é esperança, mas a dor ainda pesa Pois quem perde tudo, vive com a tristeza Kratos é mais que fúria, é alma em pedaço É quem luta com o mundo e carrega o fracasso Mas se tem algo que sua história ensina Mesmo na dor mais profunda... Ainda há sina