Era uma vez, uma pacata cidade Rica em dinheiro mas pobre como sociedade Quando um dia, ventos trouxeram de fora Um forasteiro, sem honras, medalhas e glórias Vejam aquele cara estranho ali! Diz o povo sem qualquer descrição Vigiem-no, não deixem-no sorrir! E que ninguém lhe estenda a sua mão O infortúnio destino desse viajante Pôs tal cidade em sua rota errante Justo na noite fria de um crime calado Não foi difícil de ser o primeiro apontado Persigam esse cara estranho aí! Indica um xerife charlatão Cacem ele, não deixem fugir! Que seja feita a falsa acusação Suas roupas eram tão diferentes Suas palavras, diferentes também Ele desconhecia qualquer residente E não era filho tão pouco pai de ninguém Matem esse cara estranho aí! Urra o povo com tochas na mão Tranquem ele, não deixe fugir! E que seu sangue sirva de lição E antes doutra verdade surgir Que se cumpra logo a execução!