E sucumbiu, banhado de sangue por todo lugar O culpado sumiu mas vive na boca do povo a girar Gerou uma mistura de notas na folha tão branca do semanário Seguia pelos peixinhos Olha a onda gigante Vende-se Mais um carnaval O moço partiu do jeito que veio sem ninguém notar E o prelo tingiu um festim de palavras pra homenagear Igreja inaugura uma nova e humilde Empresa de corrupção A vítima tinha um filho Animal leiloado Futebol é a nossa paixão Ninguém nunca viu uma mãe num estado sem consolação A foto saiu preta, branca, vermelha e sem resolução Polícia prende Cultura Assista à novela É uma emoção Morre um trabalhador Desfrute o sabor da cerveja nesse verão Ando por aí à solta e lépida como nunca debochando do mundo Encontro-me a passear nos carros conversíveis A beber e a gargalhar em ilhas privadas, nos países, nos continentes Herdei o registro do beijo que judas iscariotes eternizou As minhas origens apontam para desde antes de caim chegar a nod Levando consigo o destino nômade dos homens Detenho o gérmem mais antigo da evolução dos hominídeos Dos gorilas, dos primatas, dos bichos Sou irmã das tentações e mulher de todos os interesses Eu sou um vírus, uma essência venenosa, uma infecção moral Cresço com as ações dos homens Incrusto-me nas suas mentes Contudo, nem sempre o meu nome é mencionado com clareza