Os rastros no chão Passou por aqui A sombra, o vão Altivo Zumbi E o grito de não Pra quem pôde ouvir Sem mundo, sem terra, sem povo, sem língua, sem nome, sem nada de si No oco buraco da História, em um tapiri Tapiri Krejé, Maranhão Xetá, Paraná Avá, Tocantins Auré e Aurá Juma, Kayapó Irmãos sem lugar Sem mundo, sem terra, sem povo, sem língua, sem nome, sem nada de si No oco buraco da História, em um tapiri Tapiri Sentindo o final Se paramentou Deitou-se, fetal A morte esperou O transcendental Se desencarnou Sem mundo, sem terra, sem povo, sem língua, sem nome, sem nada de si No oco buraco da História, em um tapiri Tapiri Nem sequer um som Jamais emitiu Estoico viveu Estoico partiu E ao não se mostrar Mostrou o Brasil Sem mundo, sem terra, sem povo, sem língua, sem nome, sem nada de si No oco buraco da História, em um tapiri Tapiri