O olhar dos cães, a mão nas rédeas E o verde da floresta Dentes brancos, cães A trompa ao longe, o riso Os cães, a mão na testa O olhar procura, antecipa A dor no coração vermelho Senhoritas, seus anéis, corcéis E a dor no coração vermelho O rebenque estala, um leque aponta: Foi por lá! Um olhar de cão, as mãos são pernas E o verde da floresta Oh, manhã entre manhãs! A trompa em cima, os cães Nenhuma fresta O olhar se fecha, uma lembrança Afaga o coração vermelho Uma cabeleira sobre o feno Afoga o coração vermelho Montarias freiam, dentes brancos: Terminou Línguas rubras dos amantes Sonhos sempre incandescentes Recomeçam desde instantes Que os julgamos mais ausentes A recomeçar, recomeçar Como canções e epidemias A recomeçar como as colheitas Como a Lua e a covardia A recomeçar como a paixão e o fogo