Meu amigo, diz aí Se ainda há lambaris Saltitando entre as barrancas Se nesses campos imensos Ainda acenam que nem lenços As asas das garças brancas Outro dia ainda li Num diário por aqui Que o trem não chega mais E que mesmo na campanha Há qualquer coisa estranha Nas águas do Uruguai (Manda um chasque de violão Me contando na canção Que se passa por aí Que eu aqui nesta cidade Vou morrendo de saudade Dos meus tempos de guri) Quando fores lá em Libres Pega um litro de gengibre Que assim muito me ajudas Se passares na Colón Compra um disco do Ramón E um livro do Neruda Passa lá na minha rua Vê se ainda continua O meu nome no portão Se o tempo não for escasso Por favor, dá um abraço Naquele salso chorão (Manda um chasque de violão Me contando na canção Que se passa por aí Que eu aqui nesta cidade Vou morrendo de saudade Dos meus tempos de guri)