Vivia sólido num rancho distante No fundo de campo, no fio do horizonte O Pedro cigarra cantor das perdidas O Pedro guitarra amante da vida Contava de seu a viola e o cavalo A pampas, as esporas e um timbre de galo Minuano nos dedos, um rio na voz E Pedro era Pedro distante e a sós Era um tal de Pedro que a pampa encantara Com a alma nos dedos e voz de cigarra Amante de todas, porém de ninguém Por ser de seu bem, fiel a guitarra E Pedro bebia poesia e vinho Sonhava milonga, abria caminhos Nos olhos da noite trazia alma nua Melena rebelde respingos de Lua E Pedro de pala de pele, de seda Vestido de gala, aos olhos das prendas Varava as auroras causando paixões Nas flores sonoras de suas canções