Silêncio abanem os lenços choram os ventos em despedida Gaudêncio, velho Gaudêncio pulou a cerca da vida Adaga atirou no rio, é mais um peixe de prata Sete luas já partiu com seu poncho cor de mata Esporas jogou ao leu, boleando na imensidão Mandou estrelas pro céu quem se deitou nesse chão Nas mãos levou sementes, nada mais ele precisa No eucalipto se sente que Gaudêncio virou brisa Dormindo em cova rasa sem nome ou data nenhuma Se um pássaro bater asas, é Gaudêncio envolto de plumas Quem quer levar oferendas pra Gaudêncio em noite escura Leve bom trago de benta, mate amargo e rapadura