A emoção que sempre encilha os meus momentos Vem com o vento e tem o timbre dos rochedos Os meus anseios vou traçando tento ao tento São sentimentos derramados em segredo Nesse novelo do barbante do destino Há um teatino corcoveando na amplidão Um coração sentindo espinhos de uma ausência Pede clemência quando bate a solidão Nesse jardim eu canto pra o meu amor E percebo os olhos dela nas lágrimas da flor As aves, no arvoredo parecem cantar pra mim E a prenda vem pra janela ao me ver cantar assim A cacimba encantada dos meus olhos Transborda sentimentos tão estranhos Vou fisgando a claridade das estrelas Que escolheram meu açude para o banho Percebendo que a prisão foi fantasia Qual a gota que se solta de uma flor Meus versos são caminhos que me levam Para o refugio onde mora o meu amor