Nessas paixões de milonga no cenário dos galpões As gaitas choram ausência toda vez que o Sol se põe Desconsoladas cigarras abandonam casoarinas Para chorar nas guitarras todo amor se destina Há mesmo duelo de adagas nesta paixões de milonga Cicatrizes de saudade marcando lembranças longas Nestas paixões de milongas nos cafundós dos rincões Os homens bebem acordes nas milongas de paixões Quando a vida se debruça sobre o ombro dos balcões E uma Cordeona soluça campeiras desilusões A saudade se rebela no fundo dos corações Pra doer desconsoladas na pulsação dos bordões Nessas paixões de milonga há sempre um lugar comum E a vida se desperta em versos na história de cada um