Quando abro a minha gaita com seu timbre bem sulino Canto meu verso genuíno que vem do fundo da alma Trazendo alento e a calma pra o coração campesino Trazendo alento e a calma pra o coração campesino Os rouxinóis do modernismo querem mudar o meu canto Mas não mudam, lhes garanto com uivos de sirigaitas Ninguém vai calar a gaita nem com batuque ou quebranto Ninguém vai calar a gaita nem com batuque ou quebranto Querem calar nossa gaita Nossa gaita não se cala Será sempre soberana Nos quatro cantos da sala Querem trocar minha gaita por acordes estrangeiros Deixando o peão campeiro nos ranchos acabrunhados Como um potro encurralado lá no fundo do potreiro Como um potro encurralado lá no fundo do potreiro Querem sufocar a gaita com barulhos estridentes Mas aqui pra nossa gente ninguém sufoca a cultura Que há de continuar pura como as águas da vertente Que há de continuar pura como as águas da vertente