Não há flores neste silêncio que espalha sombras ao chão Olhares verdes que morrem à espera de um coração A essência liberta a vida, renasce na escuridão Mas a luz não bate asas trazendo a libertação A seiva é choro da mata Molhando a mão insensata no ardil do homem maduro Em mim renasce a esperança Que um dia virão crianças pra replantar o futuro Um suspiro emudecido ante a sorte a se calar Se o homem lava as mãos, sem água pra matear Língua de fogo, queimadas, o assoreamento dos rios Revelando a insensatez desses olhares sombrios