Quem nunca viu pelos beirais dos corredores Algum matuto ofertando papagaios Mostrando cestos de criciúma com butiá São os nativos que oferecem seus balaios Margeando as pontes pelos vales dos riachos Seguindo a estrada do deserto e do abandono Perderam rios, as serranias e as florestas Em seus princípios de que a terra não tem dono Esses que são os naturais donos da terra Vivem famintos sem camisa e pés no chão Quem foi semente para gerar a nossa história A própria pátria não lhes deu usucapião Mas o rio grande hoje abriga indiferente Trapos humanos de nativos guaranis Rondando a sorte sem nascentes e esperança Matando a herança dessas margens do Ibicuí De nada adianta os avanços da ciência Matando a alma não floresce nossa história Quando a miséria ronda os ranchos Tapejaras Nessas taquaras que trançam nossa história