Quando, às vezes, a canha me bebe Eu me enfio pra dentro de um frasco Pois faz parte da história do mundo Se beber pra depois fazer fiasco Que me importa que eu caia onde caia De saudade, de canha, me ensopo Quem se perde por rabo de saia Só se acha no fundo de um copo Porque a canha tem esta magia Que eu não sei explicar muito bem Ela encontra no fundo da gente Alegrias que a gente não tem E é por isso que eu tomo "meus trago" E, pra dizer francamente o que eu acho Não tem nada melhor do que um fogo Pra curar um descorno de macho O destino daquele que canta É uma coisa que eu nunca entendi Ele faz alegrias pros outros Mas não tem alegrias pra si Eu entendo os mamau da querência Gente buena se empedra e não mente Só quem bebe a cachaça que paga É que amaga a saudade que sente