Ao som de um farrancho, chego de à cavalo Apeio no embalo, xúcro de um gaiteiro Campeio meus troco, rodeio a guaiáca E o cabo da faca, reluz no candiêro Já entro pachola, vou pagando a ficha Uma China me espicha um olhar de sovéu Vou direito a copa, cutuco a algibeira E tapeio a poeira, na aba do chapéu Falquejo uma prosa, capricho no trote Já armo meu bote, para uma fandangueira O gaiteiro bueno, de canha se enxarca E eu feito um monarca, me vou pra vaneira Sou de pouca prosa, me agrada entrevero E até bochincheiros, conhecem meu jeito Tirando retosso, cordeôna e guitarra E o gosto por farra, não tenho defeito Para o meio do baile, arrasto as chilenas A noite é pequena bombeando as mulher Se acaso puder, a mais linda eu penero E aparto a que eu quero pra arrastar o pé Falquejo uma prosa, capricho no trote Já armo meu bote, para uma fandangueira O gaiteiro bueno, de canha se enxarca E eu feito um monarca, me vou pra vaneira No assoalho vermelho, do chão Colorado Eu danço embalado, nos braços da China Esqueço da lida, pendênga e peleia Quando ela arrodeia, me alisando as crina Já na outra marca, aquece o assunto Comigo vai junto, na prosa que encilho É certo o namoro, no fim da noitada É carga dobrada, no pingo tordilho Falquejo uma prosa, capricho no trote Já armo meu bote, para uma fandangueira O gaiteiro bueno, de canha se enxarca E eu feito um monarca, me vou pra vaneira