Num galpão de pau-a-pique Chão batido bem molhado Um surungo bem largado Ao costume missioneiro Num canto o velho candeeiro Faz que se apaga e se acende Que até parece que entende Bailando a o som do gaiteiro E o chinaredo se assanha Como traíra na isca E algumas até se arrisca Mordendo no barbicacho E o rude candeeiro guacho Às vezes vai se apagando Mas o patrão vai bombeando Cuidando o modo dos machos Segue o surungo ala solto E o gaiteiro sonolento Já se entrava litro á dentro E aos gritos pro bolicheiro Traga mais canha parceiro Que a aurora agora se muda Nem que o cheiro da crinuda Se misture ao do candeeiro Eu dancei todas as marcas Com uma morena faceira Chinoca flor de primeira Minha altura mesma idade Que se foi pra Soledade Voltei pra casa solteiro E o surungo de candeeiro Só deixou pra mim saudade