Pro meu chapéu preto de aba treze Olho e me lembro de vários momentos Pra andar no mundo, já traz na sua copa A quincha do meu rancho e a rosa dos ventos Bem debochado preso na cabeça C'o a aba dele apontando pro céu Depois de ver, o pessoal não esquece E muitos me conhecem só pelo chapéu Depois de ver, o pessoal não esquece E muitos me conhecem só pelo chapéu Só pela chuva ou c'o o Sol de frente Que este chapéu que eu tenho desaba Da templa antiga, Cury encouraçado Acaba eu primeiro e ele não acaba De pó de estrada e poeira de mangueira O meu chapéu vive empoeirado E que Deus queira que nunca a poeira Do sombreiro seja por não ser usado E que Deus queira que nunca a poeira Do sombreiro seja por não ser usado Mais se tapeia preso ao barbicacho Que, firme, prende pra não ir com o vento E, ao mesmo tempo abriga meus sonhos Recuerdo e saudades junto ao pensamento Junto comigo, já tem muita história Floreando a gaita e fazendo rima Pegando a estrada e quantos corcóveos Enquanto eu surrava, tu olhava de cima Pegando a estrada e quantos corcóveos Enquanto eu surrava, tu olhava de cima E o dia que eu me despedir do mundo Quero que fique pra alguém que mereça Que por pachola e amor ao Rio Grande Sinta orgulho em te usar na cabeça E o dia que eu me despedir do mundo Quero que fique pra alguém que mereça Que por pachola e amor ao Rio Grande Sinta orgulho em te usar na cabeça