Sonho e Herança De Um Peão

João Quintana Vieira e Grupo Parceria

Composición de: João Quintana Vieira/Ruben Borges Filho/Adão Quintana Vieira
Acobertado pelo manto da noite
Num faz de conta da lida campeira
Enquanto sonhava ser peão já taludo
No céu eu campeava a sinuela boieira
E as outras estrelas pra mim gado miúdo
Pensava encerrar na Lua mangueira

Fazia nos dedos a conta dos anos
Que ainda faltavam pra ser homenzito
Pinchar o pingo sem toso e sem marca
E sair a lo bruto gineteando solito

Tinindo as chilenas com pose monarca
Tornando real o meu sonho bendito
Tinindo as chilenas com pose monarca
Tornando real o meu sonho bendito

De vereda, faceiro, cheguei na idade
Que três ontonte ainda era anseio
E arisco e fogoso eu mais parecia
Um potro inteiro laçado do meio

De rusgas com a vida, ajoelhei certa feita
Em salobre cacimba e mirei minha imagem
No espelho d'água de verde moldura
Vi um velho campeiro que a sede saciava

Era o tempo sem dó, debochando do peão
Que piá calça curta os astros tropeava
Era o tempo sem dó, debochando do peão
Que piá calça curta os astros tropeava

Deixei partilhada na lonjura dos campos
Aos peões que o destino legou meus pedaços
A herança sagrada de respirar liberdade
Capital ideal dos que vivem dos braços

Os apêlos do flete, relíquia sem preço
Emalei no poncho e cambiei pra cidade
E as vezes domando recuerdos manheiros
Corcoveia em meu peito a potranca saudade
E as vezes domando recuerdos manheiros
Corcoveia em meu peito a potranca saudade

De rusgas com a vida, ajoelhei certa feita
Em salobre cacimba e mirei minha imagem
No espelho d'água de verde moldura
Vi um velho campeiro que a sede saciava

Era o tempo sem dó, debochando do peão
Que piá calça curta os astros tropeava
Era o tempo sem dó, debochando do peão
Que piá calça curta os astros tropeava

Que piá calça curta os astros tropeava
Que piá calça curta os astros tropeava
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