A primavera vem trazendo no seu manto Viço pra o campo e pêlo novo pra manada Um manso que vai, um xucro que vem Um potro que cai na armada Dia a dia a serventia é comprovada O queixo atado, a velha doma gaúcha "Son cosas brujas" qual ponteio de guitarra O tempo se vai, um costeio mais No bagual que sai e esbarra Outra sova e já se tem pingo pras garras A minha gente segue firme campo a fora Tinindo esporas por Rio Grande se traduz Alma de campo na amplidão do pampa largo Um descampado que o bom Deus banhou de luz Num valseado... O potro dança "escramuçado" Sem ressábios pra um aparte de rodeio Por "domero" sei de cordas e cavalos Sovados de arreio, de freio "costeados" "Muy" bem "rendados" Mansos de baixo e do lombo nem se fala Feito uma bala num estampido de trovão Num upa se foi a terra levanta Pecha no boi e então Esta lida é de paciência e vocação Fazer cavalo pras precisão do serviço É o compromisso de quem nasce sendo alguém Um homem se vai, um outro que vem Herança de pai que tem Bocal e rédeas pra ensinar o que convêm