Ando com as perna cambota De tanto encilhar distância De uma pra outra estância Manchando o cano das bota Risco de espinho das grota Podre de barro em banhado Já rodei todo esse estado Desde mostarda a Candiota Vaguei como anda o vento Do campo grosso pro fino Ajeno? Talvez, teatino? Só se meu pingo fareja Perfume doce e cerveja Ronco de fole furado Por ser tão forte o pecado Até a consciência o deseja Me chamam de pouco aguente Por não parar no serviço Mas talvez seja por isso Que eu ande assim contente Quem é genuíno não mente Pois o que é certo é certo E digo de peito aberto Me encanta conhecer gente Me tratam por sem destino Assim com desinteresse Como se a vida de um desse Fosse um caminho divino Por vezes lhes falta tino E algum tanto de visão É que Jundiá de Lagoão Não nada em rio cristalino