Está no livro, está no templo Mas não está no coração Está no grego, está no hebraico Mas não se fez encarnação Está na forma, está nas fôrmas Mas, Deus do céu, como serão Os dias que estão por vir Debaixo de tanta opressão? Está na letra, está na lupa E lá se foi a compaixão Está nos lábios, está na lábia De quem há muito já não tem noção Dos desvario, dos vãos desvios Da estupidez da ostentação Em olhos que não querem ver A sua própria condição E a lábia é falsa E os lábios tremem E a lupa aumenta E a letra mata E a língua é pobre E o livro fecha E o templo é pedra