La vai o nego betão Com aperos de couro cru Mais galo que o tiarajú Num gateado marchador Pois já nasceu campeador E é daqueles meu irmão Que sai dando co'as duas mão Num bicho corcoveador Gauchão da velha templa Que o tempo não engoliu Uma bugra lhe pariu Bem na costa de um lenheiro Guarda o feitiço galponeiro De centauro deste chão Que envelheceu na amplidão Lidando com caborteiro Lá vem o nego betão Que China e bala não popa Mais taura que um rei no trono Chapéu tapeado na copa Abrindo o peito estrada afora Bem na culatra da tropa Profeta xucro dos galpões Que sempre tem argumento Proseia com o próprio vento E passa por louco talvez O que ele tem em campo e rês Nunca foi dele amigaço E se um dia sobrar um pedaço Reparte com uns dois ou três No lugar que esse índio laça Fica um buraco no chão Dos pealos de paletão Serrando só nos dois cascos Nasceu pegado no basto E quando o maula sai berrando O mango véio vai cruzando Arrancando terra com pasto