Nascemos tão furiosamente sábios Dispensamos a razão Corremos com um sorriso nos lábios Nem contra o mundo em contra mão Crescemos descortinando o nosso fado Desvendando a nossa voz Mantemos bem acondicionado O fugitivo que há em nós E tu, tu que nem sempre me entendes Mas que tão bem sabes aconchegar Aquele que eu sou Talvez, nalgum instante ao olhares-me Consigas simplesmente, sem pudor Rever-te em mim Às vezes nada nos pode causar medo Tudo corre de feição Por vezes também custa no enredo Porque não é bela sem senão Mais tarde valorizamos a inocência E o que dela resta em nós Mais tarde temos plena consciência De que o final é sempre a sós E tu, tu que nem sempre me entendes Mas que tão bem sabes aconchegar Aquele que eu sou Talvez, de vez em quando ao olhares-me Consigas simplesmente, sem pudor Rever-te em mim Talvez, nalgum instante ao olhares-me Consigas simplesmente sem pudor Rever-te em mim