Norte (o meu)

Jorge Palma

Composición de: Jorge Palma
Volto as costas ao vazio 
procuro o vento frio 
o caruncho pode desfrutar 
do meu velho sofá 
deixo as manchas de café 
o candeeiro de pé 
vou em busca do meu Norte 

Levo imagens que sonhei 
tesouros que roubei 
a famosa gabardine azul 
tem mais alguns rasgões 
levo as horas que perdi 
o espelho a quem menti 
sigo em direcção ao Norte 

Quantos pontos cardeais 
ficarão no cais da solidão? 
Quantos barcos irão naufragar, 
quantos irão encalhar na pequenez 
da tripulação? 

Deixo os dias sempre iguais 
os mundos virtuais 
deixo a civilização que herdei 
colher o que plantou 
abandono o carrossel
a Torre de Babel
deitei fora o passaporte 

Confio às constelações
as minhas convicções
quebro o gelo que se atravessar
no rumo que eu escolhi
o astrolábio que há em mim
vai respirar enfim
hei-de alcançar o meu Norte
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