Ei mimosa passa pra lá, Antonina Hei vaca nojenta, ia, ia, ia, hei, ia Passa pra lá, solta o gado aí menino! Abre a porteira nojento Oh lá vem o vaqueiro aboiando O gado correndo e a poeira voando Oh lá vem o vaqueiro aboiando O gado correndo e a poeira voando Quando é pela tardinha No sertão da minha terra Como é gostoso ouvir A vacaria murgir Quando a bezerrada berra Vê o touro da fazenda Cavando no formigueiro Ver uma morena bela Escutando da janela o aboio do vaqueiro Oh lá vem o vaqueiro aboiando O gado correndo e a poeira voando Muito longe o Sol se esconde Deixando os montes dourados As nuvens avermelhando A brisa fresca passando Pelos campos ressecados Os ares ficam cobertos De bandos de passarinhos As pombas passam maneiras Com suas asas ligeiras Voando em busca dos ninhos Oh lá vem o vaqueiro aboiando O gado correndo e a poeira voando Nessa hora as nuvem vão Pouco a pouco embranquecendo As estrelas lá no céu Vão rompendo o branco véu Uma a uma aparecendo A Lua nasce mostrando A face da formosura Na sua luz prateada E a tarde morre embrulhada No lençol da noite escura Oh lá vem o vaqueiro aboiando O gado correndo e a poeira voando