Então aqui vai Amilcar era homem de trabalho Nas obras ganhava seu salário À noite dormia numa pensão Ao domingo ia ao confessionário Era um homem bastante vil Os colegas já diziam que Amilcar andava sempre a Mil Coitado não tinha tempo Nem para coçar os tomates Amilcar era um desgraçado Sobrevivia com uns biscates Amilcar Alho, Amilcar Alho Sempre Amilcar Alho Amilcar Alho, Amilcar Alho Cheio de trabalho pobre Amilcar Alho! Certo dia jogou na raspadinha E saiu-lhe o grande prémio Despediu-se do seu trabalho Amilcar tornou-se boémio Passava as noites a beber Até apanhar uma virose Gastou o guito todo E apanhou uma cirrose Amilcar Alho adoeceu Atrofiado Ficou Amilcar Alho Amilcar Alho faleceu Foi cucaralho! Amilcar Alho, Amilcar Alho Sempre Amilcar Alho Amilcar Alho, Amilcar Alho Cheio de trabalho Pobre Amilcar Alho Foi enterrado Pobre Amilcar Alho Foi cucaralho!