(Noir EXE) 8 horas, atrasado pra escola Já é costume, levo esporro e fecho a porta Virou o ano, recém voltou às férias Soma um capítulo profano em torno de tragédias Nem me encaixo no fundão, nem na multidão Nem professores ensinam como ter um coração Na palma da mão seguro o lápis, o estojo, a tesoura Mas não é que a vida é louca? Desde cedo a vida é louca Só que seguro a onda, é prejudicial ficar por aí zanzando Estudo Jango, Vargas, Sarney Finjo que sei e finjo bem Então num vislumbre olhei pro lado e me ceguei Com a luz forte, afloreceu meus sentidos E eu não tava dormindo, era ela sorrindo Sorriso lindo, por esse que me encantei O que é amor? Nem sei, apaixonei Nem respirei, nem notei Talvez ela me ensina algo que eu não sei Outra vez, vou te ver mais uma vez Na sala de aula assistindo filme ao outro filme do mês Outra vez, vou te ver mais uma vez Na sala de aula assistindo ao filme do mês Meses passaram e eu aqui do lado Ainda me perguntam se ainda possuo espaço Ela já falou de Amsterdam, Imagine Dragons E eu ouvindo samba, rock, funk, tudo junto misturado Mina tão bem decidida, contigo não caso Por que raios deixas o coração tão sufocado? Nem sei se era melhor cê ter me evitado Fico sem ar, cê vive puxando papo Passou mó cota, é hora de chegar com tudo Talvez um oi, talvez tchau, talvez eu te pergunto Talvez tu sejas a princesa do castelo encantado E eu a Fera tão tímida que hesita encontrá-lo Não quero ficar parado, mas não me foi ensinado Muito pelo contrário, é, muito pelo contrário Me recordei do rasgo daquele contrato do passado Não é que tô sem ar, é que tô sufocado Outra vez, vou te ver mais uma vez Na sala de aula assistindo filme ao outro filme do mês Outra vez, vou te ver mais uma vez Na sala de aula assistindo ao filme do mês Descobri a pior verdade abundante Ela já tem um ficante, não tá afim dum amante Foi minha primeira dose de elefante Cheguei em casa, olhei pro teto, chorei por uns instantes Então parei, esqueci, joguei tudo fora Cérebro ajuda, alma incomoda Não quer ser jogada fora, essa é a tal da memória Olhei pra estante, fotos que eu não tava Pois eu não gostava de tirar fotos de mim Não sabia que isso se voltaria pro meu fim Canto esquerdo da foto, cê tava linda enfim Lado externo da foto, eu bolava um finin Voltou às férias outra vez, vou te ver mais uma vez A decepção mora cedo em toda jaez Foi minha estupidez, não, não te vi mais outra vez Tempo é escassez, tempo é fluidez outra vez Outra vez, não vou te ver mais uma vez Na sala de aula assistindo filme ao outro filme do mês Outra vez, não vou te ver mais uma vez Na sala de aula