Estou tão alto que vejo palmeiras em desertos Enxergo o enxerto, cada vez mais que somos menos Problemas acumulados da vida diurna Adulta necessidade, satisfazer aquela boa carnuda É sobre dinheiro, s-sempre é sobre dinheiro O grande mal (mal) do mundo é o financeiro Faz irmão ir contra irmão Valores indo todos na contramão T-tô refletindo no meio do banco da praça Um mano estranho me trombou, pediu um paieiro Apoiei porque entendo o quão sofrido é o dia inteiro Nem conheço a mim mesmo o tempo inteiro Será que esse mano disfarça na droga a desgraça? Nem me preocupo mais com a com polícia Rotina sem motivo já virou monotonia Não vou privar minha liberdade outra vez Outra vez a ver pássaros, não a questionar tártaros Tempos Tempos difíceis Tem-tempos di-difíceis Visto a carapuça de quem me quer bem Mas quem me quer mal, eu visto também Não que isso signifique algo, mas não busco na ignorância Igual os homi que busca na casa dos Criança Esperança Snitch no meu nome já virou algo banal Quando eu crescer, eles vai tudo querer implorar Mas não me esqueço, falta de respeito vou quebrar a pau Se cresceu junto, vou atrás de buscar qual é, qual que deu Minha família nunca gostou de mim Então foda-se o que fiz, pra eles já morri Igualmente para eles, não sou nenhum idiota Mas já fui por muito tempo parte dessa rota O fundo é muito profundo, v-vazio imundo Tornou assunto financeiro inútil pra um vagabundo Enredo, semente do mal f-foi plantada logo cedo Foi plantada logo cedo T-tempos Tempos violentos De violência, d-de v-violência E as resposta que eu buscava, naquela praça encontrara Completo silêncio, abstinência acabada Essas palmeiras podem até subir bem, bem alto Mas jamais que elas tocarão esse livre céu azul O quão alto cê consegue subir sem perder o seu tato? Nessas hora que percebo o quão grande era MF Doom Máximo respeito praqueles que persiste Sem perder a sua essência, sem que ser algum habite Só toma cuidado com essa menozada que-que só quer caô Promete sonhos mas só entrega a dor É que há lucro na dor, nem mesmo na alma pura Aos dezessete anos eu encontrei a tia Bruna Então ela me ensinou todos os segredos de uma puta E então parei de criticar a vida de todas as prostituta E então parei pra pensar em toda essa vida noturna Muitos se esquecendo do amanhã Já nem sei mais se vamo acordar pra ter uma nova manhã T-tempos impossíveis (Tempos impossíveis, mané)