No dorso dos grandes lajedos Que afloram no sertão Vejo rupestres-biomas Fortes, impávidos e sãos Xiquexiques que medram Em chão de pedras Facheiros e bromélias Que atravessam chuvas e secas Em fotos de Marigo e vozes a rezar Numa natureza esplêndida e ímpar, lar Entre espinhos e flores Pessoas vivem lá Com raça deslumbrante Tais as rochas da caatinga De confins em brejos E águas descontínuas Milagres rodeados De luta dia a dia Flagrantes de Sáber na natureza dos sertões Onde o Homem refaz a sua sina e jaz Frágil e incrível Natureza dos sertões Das águias, tatupebas Asa branca e cascavéis Com cidades densas Campos de culturas E das remanescências De origem escrita e bruta Que avisa e ainda está lá Que tê-la é mantê-la viva, rica e sábia Rica e sábia Sábia