E nos meses que se seguem a alma chora A dor do meu calendário Cores de janeiro, cores tristes Janeiros nascendo, vida morrendo Janeiro mata a gente Vou morrendo em fevereiro, branco e preto, março, abril E nos meses que se seguem a alma chora A dor do meu calendário Passa maio, chega junho e a dor ainda me devora Nasce o julho, vem o agosto, com o janeiro ainda presente Seguindo o desgosto da face ausente E nos meses que se seguem a alma chora A dor do meu calendário Há dor em tudo, setembro, outubro E findam os doze, que bem me lembro Novembro, dezembro Eternos janeiros que os anos compõem A dor do meu calendário E nos meses que se seguem a alma chora A dor do meu calendário A dor. A face ausente A dor da face ausente A dor do meu calendário E nos meses que se seguem a alma chora A dor