Pendura a fatura, joga pra rolo Chora um desconto E quando estoura o cartão: Calote Sou filho de duro, não de barão Foi por usucapião Que garanti, nesse chão, um lote Cansei de tanto escutar A contragosto, quem diz Que vida feliz é só para quem pode Meu negócio é jogar E sem olhar o placar, eu vibro Sempre que a rede do lado de lá sacode Depois do turno dobrado Se tenho pouco trocado Para um gole de ilusão: Corote Um dibre no mau-olhado Às vezes um gol de mão E quando a tropa vira no cão: Pinote Cansei de tanto escutar A contragosto, quem diz Que vida feliz é só para quem pode Meu negócio é jogar E sem olhar o placar, eu vibro Sempre que a rede do lado de lá sacode Depois de tanto dar sorte Eu quero mesmo é dar certo Quem muito paga de esperto, um dia roda Não pense que não incomoda Sobreviver à luz do improviso Depois do aviso de corte Cansei de tanto escutar A contragosto, quem diz Que vida feliz é só para quem pode Um dia viro o placar Mas agora tenho que vazar Porque no jogo de azar deu bode Deu bode, pela cara amarrada Deu bode, pelo som trovoada Deu bode, pela cara amarrada Deu bode, pelo som trovoada Deu bode