Tramei um verso, coração Pra te cantar despacito Pois já ando com a alma rouca De tanto prender-te o grito Faço questão de uma trança Com um atado diferente Pra que sigas romanciando De manso pulsando em frente Doce morena, flor no cabelo Vestido largo e alpargatas Pra te dizer uns miminhos Bombeando a Lua de prata Em migalhas pulsa a dor Por hora estas em pedaços E o culpado é o desamor Que exagerou no guascasso Quando assim, pintando imagens Buscando o que te convêm Mas não sou enganador Apenas quero teu bem A sombra de uma ramada De cenário pra um abraço Desses que agente sente Apurar-se o teu compasso Mostrador de pulperia Não poderia faltar Que um liso de canha branca Ajuda o tempo a tranquiar Una guitarra, charlando Vibrando bem de pertinho Pra te mostrar que na vida Ninguém termina sozinho Não te assusta, coração Te digo sem titubear Escuta a voz da razão Que tudo volta ao lugar Da religião novo amor Não te declares ateu Pois se perdestes um olhar Por certo, não era o teu Pois se perdestes um olhar, por certo, não era o teu