O gado berra n’um pelado de rodeio Uma manhã fria me abriga o bichara O meu gateado firma o trote e atropela Na “invernia” que floreia a deus dará Mermando sonhos montado bem a cavalo O vento brando levanta que me se assanha Percorro os campos da invernada do fundo Volto meu mundo na fronteira castelhana A vida passa e os tropeiros não se olvidam E as seis marias tropeiam águas enfindas Os sentimentos brotam nos olhos matreiros Desses campeiros que não vivem sem a lida Vou retinando essas estradas longínquas De fronte as casas no cevar de um mate amargo Tropeando anseios que um fronteiro eterniza Sentindo a brisa que cobre o branco do marco Quando um fronteiro solta um verso campo a fora E amerlhaça um torena no varsedo É mais um taura a mercejar sua fronteira Sina campeira que traduz tantos segredos A vida passa e os tropeiros não se olvidam E as seis marias tropeiam águas enfindas Os sentimentos brotam nos olhos matreiros Desses campeiros que não vivem sem a lida