Hoje amanheceu e o Sol não veio Mas mesmo assim abri as cortinas Com cheiro de chuva Invadia a minha casa a solidão Abraçada pelas gotas que escorriam do telhado Era de se esconder Debaixo de um cobertor De imaginar um dia inteiro ilhado Cheirando a café Buscando calor nos versos Em um gesto puro, carinhoso Dedicado aos amores que nunca morrem No frio São poemas de chorar de aflição Perigosas tardes de recordações Bilhetes e sonhos queimados para aquecer A noite que chega devagar Sem o brilho das estrelas Ofuscadas por um temporal