Sombra no asfalto, sussurros na escuridão Notas amassadas no bolso, sigo na missão Luz da Lua trai, revelando minhas cicatrizes Cidade respira pesado, revelando minhas raízes Corre à meia-noite, lutando até o amanhecer Sem tempo pra sonhar, tenho meu caminho a vencer O fogo no meu sangue, a luta nas veias Corre à meia-noite, dançando sob as chuvas cheias Alma antiga, rosto jovem, a lembrança some O diabo na esquina, diz que me conhece, sabe meu nome Persigo fantasmas por becos, ouço o sino da igreja Sinfonia de sirenes, ecoam minha tristeza Fumando minha esperança, nuvens no céu Rezando por uma chance, pra um álibi cruel Um saxofone chora, como se sentisse minha dor Cada nota pinga tristeza, cada acorde é um terror Corre à meia-noite, lutar até o amanhecer Sem tempo pra sonhar, tenho meu caminho a vencer O fogo no meu sangue, a luta nas veias Corre à meia-noite, dançando sob as chuvas cheias Chuva no asfalto, ritmo do meu coração Preso na correria, não perco tempo da canção, aahs Luzes da rua piscam, sombras vão sumir A meia-noite é memória, esperando o dia surgir