De certo e demais, me sinto invadido E longe de todos, me sinto desfeito E nada que eu faça me livra do efeito Que tarda nas vias do fato ocorrido No mantra sem roupa, na fala sem jeito Travado na sombra que cala, e que prova Se eu não exumasse o segredo da cova Do quanto pior valeria-se o feito? Pois bem, o perdão Não lhe veio de primeira Pois a sombra e a maneira Eram mais que assombração E bem que o não Pois ainda que na beira Se perdeu pela sujeira Misturada no sabão De certo me acalma que foi descoberto Que sério seria afogar-me em desgraça Que em dobro viria se envolta em fumaça Me abrindo que frágil e nunca liberto De ser um detento de tudo que o invoque De ser penitente de um grave relato Da faca que rompe-me o ego no ato De sempre sentir agonia num toque Pois bem, o perdão Não lhe veio de primeira Pois a sombra e a maneira Eram mais que assombração E bem que o não Pois ainda que na beira Se perdeu pela sujeira Misturada no sabão