Haverá sempre uma chance em xara, de calma Pois, zelarão teu descanso Durma agora com os com o pé à terra e vestido de nenhum manto Quando segui tais conselhos Obtive uma visão mais clara Deixei de atrofiar minha intuição E superei a vergonha de ser humano Há uma divindade em sermos como somos Uma maldição por ser pensante venefico Não mais me iludo com a feiura das palavras Me despeço da música Minha maior aliada Que me permitiu ouvir o ruidar do solo Os ensinamentos que com esse poema te conto Sei não só através de sonhos Mas pelo meu corpo todo Que nosso fim está próximo Eu escuto ele chegar Está não só em meu sangue Mas em meu espírito A lamentação de meus ascendentes Sempre me chamam a sonhar Quando acordei Eu estava no ar Petrificado No ar Vi nossas mãos dadas Em ciranda que flutua Com outros animais, criaturas Semelhantes a nós Levitamos ao topo das árvores Cantávamos alegria! Melancolia! Chorávamos ao lembrar que somos amados Dançávamos em celebração à vida Sopros faziam a roda girar Fomos embora em direção ao Sol