Desde a Idade da Pedra eu sou O mesmo homem entre os animais Que à noite ao lado dos seus uiva pra Lua cheia E eu caço um jeito de ir atrás Com o Sol que arde em meu coração De ir além da ilusão que me envolve a carne De quem não vê que dentro da cabeça tem O mesmo cérebro do homem que viveu Tão mais selvagem do que hoje eu nem sei Sob o véu da Lua que no alto do céu Brilha e deflagra esse ser que sou Mas sem jamais esquecer que não Não foi e nem nunca será máquina a óleo diesel E atravessamos séculos, você e eu Atravessados por estrelas anos-luz Com essa sede que o desejo há muito deu De nos encher de tantos ais e tantos uis