Uma vela no escuro Contra toda santa ignorância Pra deixar de ver o mundo Pelo buraco da fechadura Um farol para os navegantes A iluminar a noite Quando a estupidez vira uma bênção Ser sábio é perder a razão Enquanto Deus joga dados O mundo é assombrado pelos demônios Superstição Milagres e mistérios sem explicação Fantasia Buscando faces na Lua Veja o som Escute a luz Só um pálido ponto azul Neste universo infinito Sempre se pode somar mais um Uma vela em oferenda Contra toda indiferença Pra deixar de ver o mundo Virado pelo avesso Um norte pra quem está à deriva Onde há dúvida, há esperança Cabeças presas no passado Tentando prever o futuro Um Deus completa as lacunas E o diabo cita as escrituras Alucinação Tremendo de medo da escuridão Bruxaria Só pode ser verdade pois todo mundo acredita Veja o som Escute a luz Só um pálido ponto azul Neste universo infinito Espaço-tempo contínuo Contemplando o abismo Por um breve momento Entre o sopro e o apagar da vela Há uma luz no fim do túnel A saída ainda é possível Ou passar uma vida inteira Colecionando coincidências Eu vi Deus espiando tudo Atrás da cortina deste teatro absurdo Imaginação Caçando fantasmas e monstros no porão Loucura Delírios de uma terra plana Veja o som Escute a luz Só um pálido ponto azul Neste universo infinito Sem final nem início Uma vela no escuro