Ninguém me ensinou a ser forte Foi no tranco, na marra, na dor Aprendi que o tempo não espera E que o mundo nem sempre tem cor Fui tropeçando nas minhas escolhas Caí, levantei, sem tutorial Cada cicatriz que carrego É capítulo vivo do meu jornal Não tem receita, nem passo a passo Só fé no peito e olhar no espaço O mapa é interno, quem sente sabe A vida ensina, sem manual, sem trave Não tem manual pra ser quem eu sou Só um coração que já se acostumou Entre tombos, sonhos e vendaval Eu sigo inteiro, mesmo sem manual Já me perdi nas ruas da mente Vi meus fantasmas em tom natural Mas no silêncio, firme e consciente Descobri que o amor é essencial Hoje escrevo com tinta da alma Sem medo do erro, sem ter que agradar Sou obra inacabada em construção Mas cada verso meu sabe onde quer chegar E se um dia a dor me visitar Vou servir café, deixar ela falar Mas não deixo que ela fique demais Porque a vida me chama, e eu vou muito mais Não tem manual pra ser quem eu sou Só um coração que já se acostumou Entre tombos, sonhos e vendaval Eu sigo inteiro, mesmo sem manual