Caneta azul? Que beleza, que emoção Virou meme, virou hit, sem refrão nem noção Enquanto cê rabisca fama com tinta vazia Eu pinto universos com uma rima que arrepia Fala de cor, mas não pinta cenário Só rima com eco num loop imaginário Eu sou papel que resiste, sou verso que invade Enquanto tua caneta desbota na primeira tempestade Tinta invisível, flow que não se apaga Minha rima é fogo que a tua tinta não traga Você virou piada, eu sou metáfora afiada A diferença é que minha letra nunca sai da estrada Não te subestimo, cê fez tua correria Mas fama sem propósito é fumaça que arrepia Enquanto viraliza tua voz desafinada Eu sigo afiando palavra bem temperada Não é guerra, é só freestyle com juízo Respeito a jornada, mas corrijo o improviso Caneta azul, pode crer, cê foi notícia Mas na escola do verso, aqui é Vice quem vicia