Aqui nós somos os primeiros (os primeiros) Não vão me enquadrar nessa cerca (na cerca) Nós não viemos de veleiro (não, não, não) Somos os filhos da natureza Aqui você respeita, é Abaixa a cabeça Voz do mais velho da terra É a voz da Mãe Natureza A voz do mais velho da terra Sobrepõe essa sua falsa ciência Tanta ciência, falta consciência Tanta ciência, tanta decadência Tanta ciência pra desmatamento Tanta ciência pra botar cimento Sempre me enquadrando na cerca Sempre me enquadrando dentro dessa cerca Sempre no calor das fronteiras Vocês me empurrando pra beira Vocês me expulsando da feira Mas meu bonde não tá de bobeira Nós parte pra cima, vocês viram peneira Mas vocês não deixam Me prendem na jaula, servindo Só nos deixam Nos prendem na jaula por qualquer besteira Vieram do outro lado Ainda são o que são E eu que ainda tô aqui Vocês querem dizer que não Tipo vutipuri Vou fugir daqui E volto de bonde pra te pegar Me apontam os dias Mas é só um dedo Me apontam fuzis na hora do recreio E ao chegar aqui perdi quantos medos Porque não me tira desse preconceito? E se quer me salvar com essa cruz no peito Vossa salvação crucifica meu feito Aqui nós somos os primeiros (os primeiros) Não vão me enquadrar nessa cerca (na cerca) Nós não viemos de veleiro (não, não, não) Somos os filhos da natureza Não me tira do alvo da mira das armas A mais rara jamais, a de vista Não me tira da pista Da droga, do álcool Da falta que destrói nossas vidas Não abaixa a cabeça, é levantar a cabeça Você bate de frente com o bonde, não aguenta É que a nossa gente sustenta essa guerra Só tem uma chance, só tem uma flecha Sou daquele povo que não pode errar, sou daquele povo que vai retomar Aqui nós somos os primeiros (os primeiros) Não vão me enquadrar nessa cerca (na cerca) Nós não viemos de veleiro (não, não, não) Somos os filhos da natureza Aqui nós somos os primeiros (os primeiros) Não vão me enquadrar nessa cerca (na cerca) Nós não viemos de veleiro (não, não, não) Somos os filhos da natureza