Quando à noite desfolho e trinco as rosas 
É como se prendesse entre os meus dentes 
Todo o luar das noites transparentes 
Todo o fulgor das tardes luminosas 

O vento bailador das Primaveras 
A doçura amarga dos poentes 
E a exaltação de todas as esperas 

Quando à noite desfolho e trinco as rosas 
És tu a primavera que eu esperava 
A vida multiplicada e brilhante 
Em que é pleno e perfeito cada instante 

Quando à noite desfolho e trinco as rosas 
És tu a primavera que eu esperava
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