Trinta balas de prata, ponta oca Prontas pra cada facada que pensarem em me dar Logo pinte de cara uma carta afrontosa ao ego Pra se desculpar Mas não se esqueça de amolar a culpa Antes de me olhar É válido observar: Quem abre meus caminhos Não esquece de me guardar quando eu saio do ninho Se for pra testar a febre De quem o mundo já testou a fé Que ora prestes a deitar chorando E acordar sorrindo Há quem veja beleza nos espinhos Mesmo ferindo quem se propôs amar São os planos de Deus se cumprindo Não pule nesse roseiral de pino vazio Não existe pico, não existe coragem Nem Sol aqui espanta o frio Se há quem confio a sombra Se há a quem confiar o fio Cicatrizes me moldaram Meu credo eu mesmo crio Atirar no que te assombra Escorregar nesses gatilhos Traçantes me iluminam Sou rocha cortando o rio Deixa a gira girar É Xangô, Iemanjá (uma estrela anunciou) Deixa a gira girar! (O nascimento do seu filho) Saravá iansã Tocando corações, operando milagres Medicina de guerra Fusão de Sun tzu com zumbi dos palmares Sem me explicar, não grite: Espera Capeta tá na porta querendo vender hectares Palavra que te força a ser homem de lata Frio, sem coração Blindado de ouro e prata Hora mar, hora cascata Vive mais quem melhor se adapta E se o sant não tá milionário Alguma coisa tá errada Impossível não odiar mcs midiáticos Viciados em marketing Até os dentes são falsos Nada é o que parece Produto processado Mas quem planta o tempero Tem mais sauce Tendência escravocrata Sirva droga, ódio, fome e arma Que eles mesmos se matam Cria de uma excelência branca, mediana Se não suportar as barras Bota na conta da dona jussara Deixa a gira girar É Xangô, Iemanjá (uma estrela anunciou) Deixa a gira girar! (O nascimento do seu filho) Saravá iansã Lealdade, se não for de graça, vai custar seu tempo Se custar seu tempo, vai custar sua vida Se custar sua vida, já custou demais O próximo passo é virar exemplo A falta de temor do esquecimento Nunca foi sobre não querer ser lembrado A minha parte eu fiz Mas em casa não importa Sobre qual foi seu legado Ignorar minha existência não é descuido É burrice Ainda amam o kanye no off Fingir custa menos admitir? Minha rima tá na rua, por enquanto é o seguinte Se algo te ofendeu, é porque era pra você ser o ouvinte Scar, justiça com as próprias mãos não é print Calma, acorda! Claro! Quem não tem pra trocar, chama pro clinch Por trás das lentes A pista tá sempre salgada e quente Revolta mais conhecimento: Revoluciona Se bons modos não funcionam Prepara a ceia pra receber o grinch