Que nem Sol do meio dia, quem diria Quero cair pra folia, deixar a ira, focado na minha mira Já queimou de um lado pode virar Pode acalmar a minha pira Que hoje a cabeça vai pirar Incendiou, tem janela pra quebrar Não precisa nem chamar Hoje tô com chama pra apagar Olha a bela vista Aqui tem pestico pra pesticar Cê me avista Um instante pra tropeçar, te vi por lá Olha nos meus olhos, cê desvia Pensa tudo que a cabeça não devia ou que podia, repodia Um instante pro edifícil desabar Solta pino da fratura, Sol à pino me tortura Tem muita ferida pra atadura, não tem cura, me segura Quero me jogar da cobertura, não me aturo à essa altura Deixo a tempestade me levar Chuva lá fora, esqueci de fechar a janela Chuva lá fora, eu perdi minha visão nela Chuva lá fora, eu juntei café com canela Chuva lá fora, eu desci tudo na goela Chuva lá fora, esqueci de fechar a janela Chuva lá fora, eu perdi minha visão nela Chuva lá fora, eu juntei café com canela Chuva lá fora, eu desci tudo na goela A prepotência dentro da minha insegurança Molhei suas asas pra me dar mais confiança Derreti na pele a aliança Solidificando minha distância Aflorando os atos da arrogância Indagando os rastros da fragrância Quando a chuva é forte eu não consigo me escutar Quando a chuva é forte grito mais forte pra pensar Quando a chuva é forte e o que resta é se molhar Em negação, mais forte meus olhos vão fechar Mais fortes irão desabar E que a sorte decida! Hoje eu vou fazer o que quiser, tô de pé Sem neurose na cabeça, vou partir para o rolé Calor pra caralho, sacolé, cê já sabe como é Hoje eu vou beber o que tiver O céu abre e eu amanheço com mais fé Daqui pra frente muda a marcha, é só de ré Tô sem dó, topo tudo que me der Solta os nó, melhor mal acompanhado do que só Sol tá forte lá em casa toca pagode e forró Aumenta o som, acho de bom tom Porque os pensamentos vão e a mente cai pro chão Pra pista Tô que nem capa de revista Esquece tudo que avista, hoje parto pra conquista Vamo passar reto na revista Hoje tô secreto, não deixo nenhuma pista e ninguém quieto Nenhum olho me despista, encho o copo por completo Vo pro palco, pego o mic e me liberto Ouve o som que eu toco, não é discreto Grito até tremer o teto Com a energia que invoco Tô repleto de projeto Rimas na minha boca é um prato feito Deixo essa plateia louca, te ensinar a fazer direito Bate o grave no peito que eu danço, nem tem jeito Esse é o meu preceito: Sem efeito, canto até sair perfeito Mas a música é senhora e eu sou sujeito Sem ela na memória, minha arte sem conceito