O monstro emergiu de um lago, profundo de ignorância O mundo submerge sede, a sede de sangue As almas bandeirantes sementes, férteis de intolerância A saudade dos tanques contrasta, com a vida nos mangues E a diáspora acontece nos dias que insistem em não ter luz E o homem comum, pobre, pisado, cansado, carrega sua cruz E o submundo inunda a alma, rasgada e vazia A lama suja o lamento, doenças e vermes florescem Soldados com suas flâmulas, escorre sangue em palavras A flauta maldita toca, zumbis se rastejam urrando E a diáspora acontece nos dias que insistem em não ter luz E o homem comum, pobre, pisado, cansado, carrega sua cruz 17 demônios 17 desastres 17 fendas que no chão se abriram 17 mentiras 17 feridas 17 corpos que o chão consumiram E agora sem brilho no olhar Frases de efeito para me alegrar Acordo todos os dia sem inspiração Um homem intolerante toma o poder Minha vida e de meus irmãos ficam a mercê Daquele que acha, que somos a escoria Mas a luta faz parte do nosso dia a dia Buscando espaço, sempre correria Assim a favela se vira Assim combatemos fascistas