Minha alma partida cai de joelhos no chão Te gritei desesperado quando me faltou o pão E não, não ouvi nada Estou só na estrada Fui a sua casa e gritei por meu irmão Era ordem sua para não me estenderem a mão Assim é seu reino Na vida ou na morte o que vier primeiro Não te fiz mal, sou honesto, trabalhador, homem leal Te carreguei comigo mesmo apedrejado e ferido Meu corpo padece E homem nenhum merece Minha lucidez extrema, acolhe-me Me enxugue as lágrimas que teu inimigo extrai-me Não me deixe morrer a alma/ me acalma Magnifica é a luz que não cega Magnifica é a paz que não controla Magnifica é a mão que se estende Magnifica é a razão que não aprisiona O Sol que nasce adorado com sua coroa Os mitos ganham contornos de tiranos Bom para homens doentes/ e seus planos A cruz e a encruzilhada no mesmo caminho A carne, o medo profundo e o gole de vinho Meu paraíso pode ser a porta Do seu inferno Silêncio é a dádiva do fogo O monstro Com ares celestiais Mais um roubo, mais feridas Mortais Não sou bom o suficiente para acreditar Não sou filho do homem que tem seu quinhão Faço das dores dos escravos O meu refrão Magnifica é a luz que não cega Magnifica é a paz que não controla Magnifica é a mão que se estende Magnifica é a razão que não aprisiona E assim eu sigo ungido, maldito Banido, faminto, silenciado em toda sua magnitude, magnifica