Quando eu morrer, que o silêncio reine Nas ruas vazias, nas casas fechadas Que a ausência seja o que mais se teme Nas almas cansadas, nas vidas caladas Que o vento leve o que restou De uma vida que se desfez em pó Na chuva que cai, sem nada a dizer Fica o vazio de não ser Que os dias passem em lenta agonia Sem memórias para se lembrar Que a vida siga, melancolia Sem meus passos pra ecoar Que o vento leve o que restou De uma vida que se desfez em pó Na chuva que cai, sem nada a dizer Fica o vazio de não ser E quando o silêncio enfim chegar Que a paz, em mim, possa encontrar Mas, no fundo, o que vai restar É o amargo de não amar Que o vento leve o que restou De uma vida que se desfez em pó Na chuva que cai, sem nada a dizer Fica o vazio de não ser